quinta-feira, 2 de julho de 2009

Hey! Teachers! Leave them kids alone!




Estou terminando um curso de especialização em Serviço Social pela FMU intitulado “Organização e gestão de políticas sociais”. Estou desanimada com nossa formação. Como dizia nosso querido Raul Seixas, é muito fácil ser burr@.
Já fui uma boa aluna, pelo menos o que se conhece por tal, das que tirava as melhores notas na sala, adorava um elogio d@ professor@. Pobre criança. Agente fica refém dos elogios e passa a ser o que os outros querem que a gente seja. Boa filha, aluna, namorada, trabalhadora, e ganharás o céu. Não nos ensinam a pensar, mas a obedecer.
Em algum lugar eu desaprendi. Detesto ordens, hierarquia, autoritarismo e desenvolvi uma grande dificuldade pra fazer algum “trabalho escolar”. Por falar nisso, ainda preciso entregar o artigo de conclusão do curso, falarei sobre “Gênero e Assistência Social”, era meu projeto de mestrado e não avancei nada além do que já tinha feito lá atrás, tenho preferido escrever por aqui, no blog.
Estou chateada com os professores de Serviço Social. Sinceramente, essas escolas particulares estão uma bosta, e aí eles acabam caindo naquele discurso vazio de que “defendem a Universidade pública e de qualidade”! Pode até ser que defendam mesmo! Mas no momento estão é defendendo seus postos de trabalho, como qualquer trabalhador em sã consciência em tempos de crise.
É claro que existem coisas legais. Eu adoro ler, estudar, conhecer. Um pouco da escola dos meus sonhos passa pelas experiências que apresento a seguir:

A 1ª é a Escola da Ponte, em Portugal (já tinha ouvido falar, mas tive mais informações neste curso mesmo a que estou me referindo acima, viu só como nem tudo está perdido? Tive bons professores também, e aprendi algumas cossitas...).
Basicamente as crianças vão aprendendo conforme o próprio interesse, se encaixam em espécies de grupos de estudos e solicitam o professor quando apresentam dificuldades. São elas também que dizem quando estão prontas e se sentem seguras para serem avaliadas.
Tem um vídeo que fala da escola, o duro é entender nossos queridos irmãos portugueses com todos os seus “als”, mas depois dos 5 min tem umas cenas da escola, aí dá pra entender bem...



"Educar é mais do que preparar alunos para fazer exames, mais do que fazer decorar a tabuada, mais do que saber papaguear ou aplicar fórmulas matemáticas. É ajudar as crianças a entender o mundo, a realizarem-se como pessoas, muito para além do tempo da escolarização."
In, Projecto Educativo "Fazer a Ponte"




A 2ª escola é aqui mesmo de nossa terrinha, na verdade não conheço bem a escola mas acompanhei a experiência que tiveram de viajar mais de 300 km de bicicleta! Pra qualquer cicloturista experiente isso é fixinha, mas pra uma atividade escolar... e não era só passeio não! Durante o trajeto eles pesquisaram aspectos sociais e ambientais ligados as áreas de Biologia, Competências Sociais, Língua Portuguesa, Geografia Humana, Artes e Educação Física.
Vale muito a pena conferir!




Foto Ciclobr (tirada do site http://www.apocalipsemotorizado.net/2009/06/04/dez-dias-para-mudar-uma-vida/)

Site oficial: http://www.cicloaitiara.com/

Mais informações: http://www.ciclobr.wordpress.com/

Enfim, o Serviço Social é grande parte do óculos que utilizo pra ver o mundo, mas espero que meu próximo curso seja de violão e meu próximo post sobre algum passeio de bike!

Segue tradução de “Another Brick in the Wall Part 2” (Waters) 3:56 - PINK-FLOYD

"Another Brick in the Wall" é uma faixa do álbum The Wall, da banda inglesa Pink Floyd. É dividida em três partes, sendo elas "Parte I", "Parte II" e "Parte III". Todas as partes foram compostas pelo baixista Roger Waters.
A Parte II da música é muito conhecida por sua frase famosa "We don't need no education..." e foi um dos maiores hits da banda, alcançando o primeiro lugar das
paradas norte-americanas, inglesas e de diversos outros países. Ela é basicamente uma crítica ao rígido sistema educacional, especialmente de internatos."

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Another_Brick_in_the_Wall


Outro Tijolo no Muro - parte II


Não precisamos de nenhuma educação
Não precisamos de nenhum controle de pensamento
De nenhum sarcasmo sombrio na sala de aula
Professor, deixe as crianças em paz
Ei, professor!
Deixe as crianças em paz!
Ao todo, isto é apenas
mais um tijolo no muro
Ao todo, você é apenas
mais um tijolo no muro

Não precisamos de nenhuma educação
Não precisamos de nenhum controle de pensamento
De nenhum sarcasmo sombrio na sala de aula
Professor, deixe as crianças em paz
Ei, professor!
Deixe-nos, crianças, em paz!
Ao todo, você é apenas
mais um tijolo no muro
Ao todo, você é apenas
mais um tijolo na muro

"Errado, faça de novo!"
"Se você não comer carne,
não vai ganhar pudim."
"Como você quer ganhar pudim
se você não comeu a carne ainda?"
"Você! É, você atrás das bicicletas, você não me escapa!"
Obs: para os leitores mais extrovertidos e para quem não se lembra da música, uma versão na voz de Falcão: http://www.youtube.com/watch?v=TqAlBZw2pdw, porque no fim das contas, a moral da história é a mesma...


Um comentário:

  1. eu sempre estivesse desanimada e chateada com os professores não sei porque mas parece que eles falam falam mas... nada acontece de fato, talvez eu tenha entendido tudo errado, talvez seja minha culpa ou não! mas estou contigo e não abro, prefiro o blog e andar de bike, a visão do mundo dói demais quando se é boa demais! isso pode ter duplo sentido! beijos.

    ResponderExcluir