sábado, 27 de agosto de 2011

Pedalando Solitário - Do Oiapoque ao Chuí



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Contracapa: Os bandidos andam sempre de moto; dois numa moto. Faltava uma hora para chegar a Jacundá. Olhei para uma casa a uns cem metros da estrada, e vi que um homem olhava para mim. Montou na moto. Enquanto ele tentava ligar a moto, eu rezava para que ela não pegasse. Era um só, mas mesmo assim fiquei preocupado, para não dizer com medo. Acelerei a bicicleta. Não demorou muito e a moto me alcançou, diminuiu a velocidade e encostou a meu lado. Eu pensei:

- É agora. Vou pedir para tirar os documentos que estão no alforge e deixar que leve o que quiser. Ouvi então o homem perguntar:

- Que horas são?

Fiquei tão nervoso que quase não consegui ver a hora. É verdade que eu estava com os óculos escuros, mas o que atrapalhou mesmo a visão foi a tremedeira. Quando consegui ver as horas disse:

- São 4:15h!

- Obrigado!

Fez meia volta e foi para casa.


Orelhas: Uma aventura solitária em cima de uma bicicleta percorrendo o Brasil do Oiapoque ao Chuí e todo o Uruguai, narrada em estilo de crônica, faz deste livro uma obra gostosa de ser lida.

Aos 58 anos de idade o autor se lança numa viagem rumo ao desconhecido, sem nenhum preparo físico, a não ser 100 km pedalados durante vários dias em Curitiba no Parque Barigui.

O condicionamento físico foi aparecendo durante a viagem a um preço bastante alto.

Na primeira parte o roteiro sofreu várias mudanças. Cada novo atrativo significava uma mudança na rota. Até a Argentina foi trocada pela travessia do Uruguai, numa pedalada de 1.100 km, entrando pela Barra do Quaraí até chegar ao Chuy.

A segunda etapa, iniciada no Oiapoque já contava com uma experiência bem maior. Mudanças na bicicleta, no traje, na maneira de pedalar, etc. Os primeiros 400 km do Oiapoque até Calçoene foram de tirar o fôlego. Uma aventura atrás da outra.

Chuva, sol, frio e muita lama fizeram parte desta pedalada, ao atravessar o Brasil do Oiapoque ao Chuí.


Valdo (Valdecir João Vieira) nasceu em 1944 na Corveta, Município de Araquari em Santa Catarina. Exerceu o Ministério Sacerdotal até março de 2003. Após o pedido de dispensa dedicou-se ao cicloturismo e caminhadas de aventura.


Autor de:

* Pedalando e Desvendando a Carretera Austral

* Pedal nas Nuvens


Visite o site do autor: www.valdonabike.com

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

sábado, 13 de agosto de 2011

Pedal por Terras Hermanas - Uruguai




Tenho andando meio sumida aqui do blog mas estado em outros escrivinhando sempre que possível...

Recentemente eu e Flávio concluímos (finalmente!) as postagens sobre nossa viagem pelo Uruguai, que compartilho por aqui também: Pedal por Terras Hermanas - Uruguai.

Passem também pelo http://www.bicicletadaabc.wordpress.com/ e seguimos nos falando. Abraços!


Cem dias entre Céu e Mar


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No meio da narrativa de sua travessia solitária num pequeno barco a remo entre a África e a Bahia, Amyr Klink nos revela a sua atração pelos relatos de expedições marítimas de três navegadores que fizeram a conquista do pólo sul. Segundo Amyr, eram relatos fascinantes, principalmente porque ele os lia sentado numa escrivaninha, na casa da família em Paraty. Assim dizendo, o autor desvenda o segredo das histórias que leu e das que escreve desde então: aventura é aventura mesmo quando é vivida e, depois, contada. Os mares a que Amyr Klink se lançou já tinham sido antes por vários outros navegados. Não havia propriamente novidade no trajeto, que muito se baseava nas avenidas abertas entre correntes e ciclos de ventos pelos portugueses dos tempos dos grandes descobrimentos. Também não havia grande espanto no pequeno tamanho do barco a remo, já que outros de seu porte já tinham vencido águas geladas e raivosas. Mas sobrava a vontade de se valer das experiências anteriores para desenhar um desafio: o de querer fazer e conseguir juntar gente em torno de uma idéia. A preparação da viagem é tão rica em coincidências e cuidados quanto o desenrolar dos dias no mar é rico em peripécias. As emoções vêm do respeito às grandes tempestades, dos sustos com os ataques dos tubarões, das belas surpresas, como a companhia dos peixes dourados, e do maravilhamento com a aproximação de uma creche: filhotes de baleias, fêmeas e um zeloso macho negro. O cotidiano é feito de remar oito horas por dia, de fazer cálculos precisos, de tirar alegria da refeição deliciosamente desidratada, e de ter muito tempo para só contar consigo diante do poder maior da natureza. Dessa rotina surge um homem sem dúvidas, forte o suficiente para traduzir o que aprendeu, em belas frases (O medo de quem navega não é o mar, mas a terra) ou em sinceros e sábios lugares-comuns (No mar, o menor caminho entre dois pontos não é necessariamente o mais curto, mas aquele que conta com o máximo de condições favoráveis). Ao final da leitura, também na escrivaninha ou no sofá, o leitor sente-se um pouco aprendiz dos mares, e disposto a enfrentar um de seus medos, aliás o único permitido ao navegador: o medo de nunca partir.

Fonte:http://www.livrariabrasil.net/product_info.php?products_id=97