segunda-feira, 30 de agosto de 2010

De Peruíbe a Cananéia - De Bike e Cuia

De Peruíbe a Cananéia - De Bike e Cuia:
de 31 de maio a 05 de junho de 2010

Queremos conhecer todo o litoral brasileiro de bicicleta... e essa é nossa segunda viagem. A primeira que realizamos pelo litoral, fomos de Peruíbe até Ilha Bela, também no inverno, num total de 250 km. Ah! Também não podemos esquecer que já fomos aqui de casa (em Mauá) até Santos, pela Rota Márcia Prado, com mais 1000 pedalantes...

Se nunca nos preparamos muito pra uma viagem, pra esta também não foi diferente, acho até que estávamos muito à vontade. Li alguns relatos sobre o percurso e sabíamos que seria um passeio "tranqüilo". Desta vez fomos de "Bike e Cuia". Foi a primeira vez que levamos todo equipamento pra camping e cozinha, e isso também nos deu segurança pra ficarmos "onde quiséssemos". Também tínhamos alguns dias de folga, pra poucos quilometros de pedal.

Descendo a Serra

Descemos para Peruíbe no sábado (31/05), pra poder levar as bicicletas montadas no trem. Embora pudéssemos embarcar à partir das 14h, demoramos bastante pra organizar tudo e só conseguimos sair às 18h... Antes ligamos para o hotel em Peruíbe, que já havia nos recebido de madrugada em viagem anterior, pois sabíamos que chegaríamos tarde novamente. De fato foi o que ocorreu, e fomos dormir bem tarde.

1° Dia - De Peruíbe a Pedro de Toledo: 30 km.

Saímos tarde pois o trajeto era curto. Descansamos da viagem, passeamos na praia, almoçamos e só depois fomos ao pedal.


O início foi por uma estradinha tranqüila, mas quando pegamos a rodovia, tivemos que pedalar por um péssimo acostamento, mas em segurança.


O pedal saiu arrastado, mas ainda chegamos a tempo de ver o Timão golear o Santos. A cidade é pequenininha e só tinha um hotel aberto bem ao lado da rodoviária. Como no dia anterior, cozinhamos no hotel. Cardápio de hoje: Arroz ensacado, feijão preto e lingüiça.


Fomos deitar cedo pra no próximo dia enfim, começar a aventura.

2° Dia - De Pedro de Toledo até... Bairro Pé de Serra: 46km

Esse foi o único dia que conseguimos sair um pouco mais cedo, mas nem tanto. Nos relatos que havíamos lido sobre este trajeto, em geral, saindo de Peruíbe, os cicloviajantes acampavam no meio do caminho, lá no "cumpadre". Como no primeiro dia fomos até Pedro de Toledo, a idéia era chegar em Iguape neste segundo dia, era...


O dia amanheceu bonito, verificamos nossa direção, protetor solar, alongamento, e às 8h estávamos na estrada. De qualquer forma, estar de posse de mala e cuia (equipo de camping e cozinha), nos deu uma grande tranqüilidade.

Seguimos em direção ao Despraiado, primeiro por uma gostosa estradinha de asfalto, que logo passou pra terra. Chegando a um bairro, com várias opções de direção, um casal em uma kombi nos indicou o caminho. Surpresos com o nosso destino, nos ofereceram carona, manifestando certa preocupação com nosso condicionamento físico...


Seguimos nosso caminho afirmando que "estávamos ali pra isso!". Não demorou muito pra entendermos a preocupação do casal. Logo chegamos a uma pequena serra e as bikes super pesadas começaram a ser empurradas. Bem no meio da primeira subida quem nos ultrapassa? A komboza. O sacolezo foi tanto que se quer um tchauzinho ganhamos...

Empurra mais um pouquinho e voltamos a avistar a kombi, "será que quebraram?" Mas quando chegamos mais perto a pergunta foi outra: "quebrou a bicicleta?". Esclarecemos que a subida era brava mesmo, mas estávamos acostumados a empurrar, ganhamos um novo convite de carona e mais, a Senhora afirmou que deixaria a chave de uma casa para nos hospedarmos, lá com o cumpadre. Agradecemos mais uma vez todas as preocupações.


Depois da estrada lamacenta e do primeiro "riozinho", chegamos ao famoso "Cumprade"! E adivinha quem estava lá? O casal da komboza. A alegria foi grande de nos ver chegar "tão cedo"! Haviam outras pessoas no bar e ficamos conversando um pouco. Afirmaram que dali pra frente a estrada iria melhorar, as subidas haviam acabado. Eram 11h, realmente muito cedo para acampar. O Bar do cumpadre é bastante simples e não há mais nada no entorno, além de um belíssimo rio logo à frente, convidativo para um banho, nos dias quentes, é claro.

Resolvemos então que almoçaríamos por ali e depois decidiríamos o que fazer.


O bar do "cumpadre" é uma referência no local, pelo jeito, todo mundo que passa por lá, para pra uma prosa. O lugar é super simples e a recepção acolhedora, pudemos usar o banheiro, que é o da casa do cumpadre, e o mesmo insistiu para que utilizássemos seu fogão pra cozinhar, mas preferimos não incomodar.

O tempo estava com cara de chuva, mas deu tempo de fazer tudo: arroz ensacado, lingüiça, feijão, e ainda ganhamos um prato de sarapatel do anfitrião. Eu, mesmo sendo descendente lá da terrinha, não curto muito essas refeições, mas o Flávio limpou o prato.

Há 1h da tarde estávamos prontos para zarpar. Era muito cedo pra ficarmos por ali, então, seguindo os conselhos de que dali pra frente a estrada iria melhorar, nos abastecemos com água e seguimos em frente. Nem preciso dizer que o cumpadre não cobrou nada por nossa passagem, e também nos despedimos do casal da kombi agradecendo pela casa reservada, eles já estavam mais confiantes em nossas pernas.

Logo na saída do cumpadre cruzamos mais uma vez o rio, novamente, descalçamos os tenis pra não molhar, com toda a vagareza do mundo... e nada da estrada melhorar, as poças do caminho eram assustadoras, e o tempo também estava cada vez mais de cara feia.

Mais um pouco e chegamos na ponte que leva nada a lugar nenhum e adivinhem: "foi Maluf que fez!!!" É isso mesmo, já havíamos lido sobre a tal ponte, está incompleta e fica sobre o maior trecho do rio. Olhando, não precisa ser engenheira pra ver que ia dar numa pedra. É assombroso o que se faz com dinheiro público. Todos esses cruzamentos com os rios são trafegáveis, ou quase... na beira dessa maior travessia um fusca estava meio afogado. Aliás só fuscas pra agüentarem aquelas estradas. Se quer conseguimos alguma foto, a chuva apertou e o trecho que teríamos que atravessar era grande mesmo, o motorista deu a dica pra seguirmos umas pedras e pra não tardarmos porque com chuva o rio enchia rápido. E lá fomos nós de coração acelerado e de tênis e tudo, de nada adiantou nossas precauções anteriores.

Dali pra frente o caminho foi ficando cada vez mais deserto e a chuva cada vez mais forte, ficou meio sinistro o negócio e: nada da estrada melhorar... o GPS que apenas levamos pra passear, porque ainda não aprendemos a manuseá-lo, mostrava Iguape cada vez mais distante. Mais um momento daqueles: "quem inventou esse passeio mesmo?". Casas abandonadas e nenhuma alma viva compunham a paisagem, quando de repente, havia uma vaca no meio do caminho. A bicha não deixava a gente passar de jeito maneira, e ia na frente toda arredia. Empurramos a vaca por um bom tempo, até aparecer um cercadinho pra onde a animála se dirigiu como quem diz: "tá bom, já cheguei". Foi nesse trecho também que perdi o pezinho da bike, e como faz falta um pezinho...

5 da tarde, ou five o clock, como diriam os ingleses, mas nada de chá. Cruzamos uma casinha muito pobre na beira da estrada e uma garotinha nos comprimentou sorrindo, ufa! Já aliviou um pouco o coração. Teríamos mais 1 hora com claridade e precisávamos de um lugar pra ficar. Chegamos a algumas casas com amplos quintais e mesmo uma boa cobertura abrigava um trator, não tive dúvidas, "vamos ficar por aqui", mas o Flávio queria seguir mais um pouco. A decisão se deu quando me dirigi à entrada da casa e uma placa daquelas de caveira recepcionáva os visitantes: "proibida a entrada de estranhos", pensando bem, melhor seguir mais um pouco.

Avistamos a estrada no alto da serra e um homem num trator nos informou que havia um bairro a uns 2 km dali. Pedalamos mais um pouco entre poças e uns senhores confirmaram a existencia do bairro a uns 2 km dali, caramba! Foram os 2 km mais longos de minha vida! Mas o Bairro Pé de Serra chegou já próximo ao anoitecer. De cara uma moça nos informou que não havia nenhuma hospedagem por ali: quintal? garagem? Nada! E seguia cabisbaixa pela calçada. Um perueiro aguardava as crianças na saída da escola. Aliás, a perua escolar já havia cruzado com agente, o cara deve fazer isso o dia inteiro, levou e buscou o turno da manhã? Já deve estar atrasado para tarde.

Flávio foi a um bar tentar melhor sorte enquanto eu fui falar com o perueiro. O moço do bar nos indicou uma hospedagem a 11 km subindo a serra! E o perueiro o bar de baixo, do Carlão e da Amélia, eles teriam uma garagem por lá. Amélia estava no bar e explicamos nossa situação, pedindo algum lugar pra acampar. Ela então achou que estava muito frio pra ficarmos ao relento e nos ofereceu uma casa sua, que ela aluga, mas naquele momento estava desocupada. Disse não haver móveis algum na casa, mas pelo menos estaríamos seguros e melhor aquecidos.

Parecia que o lugar havia sido encomendado, nossas orações atendidas! Pediu apenas uma contribuição com a água e luz que utilizaríamos, não quiz falar o valor. É engraçado, mas naquele momento os 2 cômodos vazios pareciam nos valer uma nota! Oferecemos o que pagamos lá no camping da Barra do Una, vintão. Amélia pareceu bastante satisfeita e se empenhou no meio do mato e no escuro pra ligar a água da casa, demos um trabalhão pra mulher, mas enfim, banho quente e um teto sobre nossas cabeças.


















Colocamos bicicletas e varais em um cômodo e armamos a parte interna da barraca no outro para nos protejer dos pernilongos. Estávamos muito cansados pelo dia puxado e mesmo pela ansiedade de não sabermos onde ficaríamos. Jantamos um rápido macarrão e fomos dormir cedo. No meio da noite acordamos com a chuvarada por sobre as telhas de brasilite, agradecemos novamente. Por uma noite, conhecemos as dores e alegrias dos moradores de um bairro Pé de Serra, lá pras bandas de lá...

3° Dia: Bairro Pé de Serra a Ilha Comprida: 56km*

Saímos as 10h da manhã. O tempo estava chuvoso e fomos pra estrada preocupados com o acostamento. Tinha pouco movimento de carro então íamos pela faixa branca da pista, de olho no retrovisor. Nessa parte da manhã a chuva apertou bastante e nos acompanhou por algumas horas, mas mesmo assim conseguimos um bom giro no pedal, com poucas paradas e um asfalto lisinho que nem nos dava saldades do dia anterior.


Já perto da hora do almoço o sol veio nos fazer companhia. Nesse dia percebemos que foi ótimo chegar ao bairro Pé de Serra já no fim da tarde, por que é bem provável que se chegássemos mais cedo na estrada, iríamos seguir viagem e pra nossa surpresa, não há praticamente nada pelo caminho. Me lembro de haver passado por um mercado ou coisa assim, e algumas barracas de beira de estrada, a maioria fechada. Nenhum restaurante, posto de gasolina ou pousada. Então, mais uma vez, a opção foi prepararmos nossa própria refeição.











Vimos mais essa barraca fechada e decidimos pedir na casa, que ficava logo atrás, se podíamos utilizá-la para preparar nosso almoço, o que foi aceito. Passados alguns momentos e decidi novamente importunar a dona da casa... estava com cólicas intestinais. Sempre carrego o rolo de PH para eventuais emergências, mas nunca precisei utilizá-lo, não em meio aberto, pelo menos.

Criei coragem e fui. A mulher fez aquela cara de "placa de caveira: proibida a entrada de estranhos", e perguntou se era urgência. Com cara de "pelo amor de Deus, me deixa entrar", respondi que sim, e pude adentrar a singela casa.


Seguimos em frente, e fomos bater às portas de Iguape. É a maior e mais bela cidade que passamos nesta viagem. Cidadezinha histórica, ruas estreitas de paralelepípedo, casarões antigos. Nesses lugares parece que o tempo passa mais devagar. Mesmo com um carro ou outro sempre acelerado, as bicicletas fazem questão de passar, sempre vagarosas.






Como sempre, o posto de informações turísticas estava fechado. Um Senhor próximo ao local veio puxar assunto, parecia preocupado com uma questão, e fez questão de esclarecer: "não sou machista, mas uma mulher presidente, não pode dar certo", que que é que eu pudia dizer... também informou que Ilha Comprida estava bastante próximo, era só atravessar a ponte e chegou. Acho que deu uns 5km até a Ilha e talvez mais uns 5km até o centro. Foi o que fizemos.

Tínhamos a intenção de acampar mais vezes nesta viagem, mas aqueles dias chuvosos não estavam nada convidativos. Ficamos então em uma bela pousada no centro, praticamente vazia. Lavamos as bikes e fomos as compras, tudo ali bem pertinho. Na janta, resolvemos abrir uma exceção e fomos a um restaurante próximo. Tomamos uma facada no peito. Acho que pagamos neste digníssimo jantar o que consumimos com comida em toda a viagem...

4°Dia: Do início ao meio de Ilha Comprida: 30 km*



Mais um dia preguiçoso e de baixa quilometragem. É possível fazer a travessia da Ilha em um único dia, mas tem que levantar cedo. Não era o nosso caso. Outra coisa muito importante quando se vai pedalar pela praia é conhecer a tábua de marés, é possível fazer isso por este site: http://www.mar.mil.br/dhn/chm/tabuas/index.htm. Você coloca o local mais próximo de sua travessia, mês e ano, e obterá os horários de maré baixa e cheia. Sem isso, melhor nem arriscar.

Para os dias de nossa viagem, a maré estaria baixa às 12h, e cheia às 18h. Saímos do hotel às 12h, ainda teríamos 15km de asfalto até chegar a areia da praia. No período da manhã passamos por todas as estações do ano, acordamos com frio e garoa, depois choveu, mas saímos com sol, foi difícil escolher a roupa pra empreitada, não foi à toa que peguei um resfriado. Para este dia, preparamos lanche para a viagem, pra não termos que temperar o macarrão com areia...


Quanto mais avançávamos, tínhamos menos vestígios de humanidade. Há até bastante casas, mas naquela época, pareciam estar todas vazias. Chegamos na areia. O pedal fica mais pesado, mas é possível pedalar na areia dura. Já perto das 14h estávamos fazendo o lanchinho da foto acima quando um ônibus que ia pra Vila dos pescadores, nosso destino, nos passou. Até o ônibus vai pela praia.

Sol, céu carregado, praia deserta e o mar... que de onda em onda lambia a areia, chegando mais perto. Deu até um friozinho na barriga, engolimos logo os lanches e seguimos viagem. A faixa de areia é extensa, mas conforme foram passando as horas, o mar te obriga a pedalar mais perto das dunas, na areia fofa. Chegamos a pedalar "em fila", pra aproveitar a faixa de areia dura, lado a lado não tava dando mais. Nada pra frente, nada pra trás. O céu preto de chuva, dava a impressão de ser mais tarde, olhamos direito aquele site???

De repente, um susto! Um caminhão de cerveja nos ultrapassou bozinando. Mais um pouco pra frente e virou à direita, estávamos chegando! Nem fomos até o bairro, a estradinha estava toda enlameada e optamos por uma pousadinha/restaurante beira mar. Um avião também estava estacionado por ali, isso mesmo, daqueles pequenos, dois malucos vindo de Ubatuba ficaram sem gasolina e tiveram de pousar na praia. Fala sério, tem gosto pra tudo...

Agora, o momento mais perigoso da viagem. Já ajeitados, fui tomar banho enquanto o Flávio foi encomendar uma porção para o jantar. Liguei o chuveiro e um estralo fumacento me fez desligá-lo novamente, abri janela e porta pra eliminar o fedor e fiquei encarando-o, pensando no que fazer. Mais uma tentativa. Ok, tudo normal, mas melhor não demorar muito, o que é minha especialidade. O desfecho foi traumático, um outro estralo cuspiu fogo para o teto chapiscando o forro, fechei o chuveiro desesperadamente enquanto uma porção daquelas coisinhas pretas e fogo se dirigia ao chão. O fio até se partiu. Salvaram-se todas sem nenhum arranhão e de banho tomado. Que medo! Fica a lição: ao viajar de bicicleta, cuidado com os banhos...


À noite, uma porçãozinha de peixe acompanhou nosso maravilhoso feijão com arroz, uma delícia...

5° e último dia: Vila de Pescadores até Cananéia: 28 km*

Novamente, poucos quilometros nos separavam do nosso destino. Essa foi a viagem com menos quilometros pedalados por dia, estávamos bem tranquílos quanto aos horários. Saímos às 10h da pousada com lanchinho para o pedal e planejando fazer a refeição principal já em Cananéia. Todo o trecho era pela areia da praia, ainda mais deserta.

Pegamos um pouco de chuva e bastante vento a favor. Eu gripada, não aguentava de calor com a capa, mas sem, me dava um frio danado. Ainda pudemos acompanhar bem de perto uma bonita cena dos pescadores em trabalho no mar.

Fora alguns entreveros com o tempo e uns riozinhos que sempre rumam pro mar, já já chegamos à uns kiosques vazios para o lanchinho, e para apreciar a paisagem.





Logo à frente havia um outro kiosque aberto e alguns carros, parecia que a passagem para a balsa era por ali, aproveitamos pra ir ao banheiro e o dono do kiosque veio falar com a gente. Parecia feliz com nossa viagem e disse também já ter feito pequenas viagens de bicicleta, querendo fazer outras. Falou um pouco das maravilhas de viver no local e da maré, que parece estar subindo mesmo... Nos convidou para aparecermos na próxima viagem e nos indicou o caminho da balsa, a 6km dali, entrando pro continente. Era 13h e pegaríamos a balsa das 14h30, não dava pra chegar antes por causa da estrada, e que estrada. Um verdadeiro martírio pedalar em areia fofa e molhada, ainda bem que nem pensamos em conhecer a vila dos pescadores no dia anterior. Pedalávamos a exatos 6km por hora. A sensação era de subir uma gigantesca ladeira plana. Chegamos às 14h, esbaforidos pra pegar a balsa.


As 15h estávamos em Cananéia. Fomos procurar a rodoviária, pois queríamos voltar ainda neste dia, pra pegar o feriado em São Paulo e entrar com as bikes no trem. Pra nossa surpresa, não há uma rodoviária na cidade, apenas um guichê, e outra surpresa, o último ônibus com destino à São Paulo partiria às 16h, não adiantava nem ir pra cidade vizinha Registro, que lá também não haveria passagens. Agora sim, com uma viagem tão tranqüila, teríamos menos de 1h pra comer, tomar banho e arrumar as coisas para o embarque... não sabíamos nem por onde começar.

Saímos na calçada ainda sem as passagens e perguntamos pra primeira senhora que vimos pela frente se poderia nos indicar algum local para tomarmos banho por um preço justo: pessoa certa. Nos indicou a pousada da Delma, algumas ruas dali, que ela iria nos ajudar. Fomos para lá e ocupamos o quarto desta mesma senhora, que é guia turística, sempre vai à pousada e acabara de sair. Então tomamos nossos merecidos banhos e ao final a Delma não cobrou absolutamente nada, nadica de nada, apenas a propaganda no blog, que aí vai:

A pousada Del'Mare está localizada no centro histórico da cidade de Cananéia próximo ao pier de onde partem as lanchas e escunas para as praias do Pererinha e Marujá na Ilha do Cardoso e também da balsa que vai para Ilha Comprida. Para chegar na pousada a referência é a Escola Yolanda
A pousada conta com seis apartamentos com tv e ventilador de teto.
A proprietária Delma Martinelli se preocupa com cada detalhe para tornar o ambiente acolhedor fazendo com que você se sinta em casa.

Pousada Del'Mare.
Rua João de Souza, 163
Centro - Cananéia - SP
CEP 11990-000

Contato tel.:(13) 3851 3383
(11) 8193 6520

Site: http://www.pousadadelmare.cananeiatur.com/

Ah! Também ficamos de nos hospedar na pousada dela quando fomos iniciar a próxima viagem praquelas bandas... Ela disse que tem hospedado muitos ciclistas na região, e são sempre pessoas bacanas. Esperamos ter continuado com a boa aparência. Então ciclistas! A Delma é bacana mesmo e conhece as nossas necessidades.

Voltamos ao guichê em 30min e compramos as passagens! Faltavam 15min para o enbarque. Enquanto o Flávio arrumava as bicicletas fui comprar nossos lanches e registrar os preparativos da cidade para os festejos religiosos.

Tudo certo! Motores ligados. Já pode morder o sanduba.


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*Quando eu reencontrar meu caderninho, atualizo a kilometragem, mas creio que no total foram 190 km...

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

terça-feira, 17 de agosto de 2010

SA na escuta!

E seguimos, pouco bicicletando, pouco escrevendo, mas seguimos!