terça-feira, 30 de março de 2010

Velotour - Circuito Vale Europeu - Santa Catarina, Brasil.

O Velotour no Circuito Vale Europeu nos foi apresentado logo que começamos a pedalar, há 2 anos atrás. Não tardou a percebermos que não teríamos que atravessar o Atlântico para percorrê-lo, mesmo assim, ainda nos parecia distante...

O tempo passa rápido e a terceira edição do Velotour estava pra acontecer, "Será que vamos nessa?", "Vamos conseguir os dias de folga?", "Temos preparo físico pra isso?", "E os equipamentos, a bike aguenta?", "Vamos comprar os algorjes?", etc, etc, etc...

Preparativos

Infelizmente nós não andamos muito de bike, mas decidimos correr pra desenferrujar um pouco as pernas. Demorou mas conseguimos os dias (não sem um desespero do Flávio por conta do mestrado), quando fomos fazer as reservas, ufa! Quase não conseguimos mais! E os alforjes? Não adiantou choro nem vela, meu vermelhinho não saiu, mas a Ararauna nos patrocinou... (cenas do próximo capítulo dos alforjes vermelhos: as capas de chuva...).

Quanto ao nosso deslocamento até a rodoviária do Tietê, espero que tenha sido a última vez que embarcamos com bike e tudo no horário de pico do metrô!!! Vamos ter que arrumar outra alternativa...

Rumo à Timbó, Santa Catarina

No ônibus que nos conduziria até Timbó haviam mais 5 cicloturistas com destino ao Circuito Vale Europeu. As 7 bicicletas e toda a bagagem ficaram mui bem organizadas e após uma quase cobrança e solicitação de recibo, fomos informados que "dessa vez, excepcionalmente" poderíamos enbarcar de forma gratuita (???).
Chegamos cedo em Timbó pois a ameaça de trânsito devido à queda de barreira na rodovia não se concretizou. Bicicletas arrumadas, logo de cara já nos perdemos um pouquinho até achar os respectivos hotéis, mas no final todos se salvaram.

Infelizmente não pudemos ficar no hotel indicado pela organização, então tratamos de aproveitar o dia para conhecer a cidade.

Das coisas que mais gosto em viajar de bicicleta é conhecer as diferentes formas em que as pessoas vivem. Acredito que de bike nos aproximamos mais do dia-a-dia das pessoas, o contato é mais natural, e sempre há perguntas sobre de onde viemos e o que estamos fazendo de bike por aquelas bandas...

A cidade é realmente muito bonita e, embora fosse carnaval, não estava muito cheia. Algumas peculiaridades: embora os carros andem numa velocidade alta, demoramos a perceber que, ao nos aproximarmos da faixa de pedestres, sim!!! Eles paravam pra gente passar!!! Da primeira vez ficamos procurando algum semáforo pra ver se realmente era nossa vez, mas só percebemos quando notamos o motorista nos dando passagem. Uma vez tudo bem, talvez fosse um motorista educado, mas o fato se repetiu várias vezes. Não fiquei com nenhum pingo de saudades de São Paulo!!!
Outra coisa interessante na cidade é a qualidade dos estabelecimentos, cada padaria, mercado, loja ou lanchonete, uma graça! E nada de "grandes" marcas como Mac´s ou Wall´s, talvez isso explique uma melhor condição de vida das pessoas.

O lindésimo restaurante de onde sairia nossa viagem se chama Tapioka, fotos e vídeos poderão ressaltar a beleza do local.


Outra coisa bacana é a "mão inglesa", pra quem vem de fora, talvez confunda um pouco, mas o bacana é que não há cruzamentos entre os carros.

O calor arretado a nos cozinhar os miolos, também foi algo bastante notado, no sul não fazia frio???

À noite nos encontramos com os demais companheiros de pedal. Muita conversa e ansiedade para o dia que estava por vir.

1° Dia - Em fim, pernas pra que te quero: De Timbó à Pomerode - 45 km (km oficial, mas tinha mais alguns pela frente, até os hotéis da vida)

Finalmente vamos ao pedal! Nessa viagem nem fiquei me atentando a marcar a quilometragem, nem horários de saída e chegada. Lembro que não conseguimos chegar às 7h para inscrição, saímos às 8h com “passaportes em mãos” e bagagens nos alforjes. Nossos números foram “17 e 18”, fotos iniciais e lá vamos nós!

Como bem diz o guia da viagem, o 1° dia é um bom teste sobre o percurso. Pra mim foi um dos dias mais difíceis, talvez pelo corpo, ainda chegando de viagem e se adaptando ao pedal, com toda certeza pelo calor, que chegou na casa dos 46° ao sol!!! E também pela longa subida, que como veremos ao longo do percurso, sempre planejadas para aparecer às 12h.

Sem tréguas, ou sombra, achei que não chegaria ao final do 1° dia. Legal foi a fala do Senhor Manoel, em um momento que havíamos parado pra respirar e estávamos abominando o calorão, ele passa por nós e diz: “que bonita a natureza!”. Bonita??? Tá, tinha um riachinho ao lado, mas acabamos nem entrando, estava naquele momento: “quem foi que inventou esse passeio mesmo?”.

Me concentrei e me propus a só sair do lugar quando fosse capaz de dar ao menos 20 passos e assim conseguimos vencer o desafio do dia.

Chegando em Pomerode, tomei um porre de sorvete, mais 5 km (!!!) até a Pousada Max e chegamos. À noite fomos com o pessoal jantar em um restaurante não tão próximo mas que servia comida, e muitos descobriram o significado da música do Jorge Bem Jor: “Cuidado pra não cair da bicicleta, cuidado pra não esquecer o guarda chuva!”

2° Dia - Güenta que lá vem subida! Com temperaturas na casa dos 46°... De Pomerode à Indaial - 40 km

Conseguimos sair um pouco mais cedo. Neste dia saímos na companhia da Dani de Rio Claro.


Taí uma das coisas bem bacanas do Velotour, conforme os dias vão passando, vamos ganhando novas companhias, conhecendo pessoas e suas histórias. Como presentes que nos vão chegando em uma subida mais acentuada, ou no momento de apreciar uma bela paisagem...


Casal cariocax.

A 1a subida foi vencida ainda com uma temperatura mais amena. Mais um dia de belas paisagens (já estávamos conseguindo enxergar melhor).

Na 2a subida não tivemos a mesma sorte, mas já não foi tão ruim como no 1° dia, e novamente, de sombra em sombra, chegamos ao seu final. Às 14h chegamos em Indaial, acho que foi o dia que chegamos mais cedo, mas mesmo assim não conseguimos local para almoço, o que acabou acontecendo em uma bela padaria, que ainda bem, possuía quitutes deliciosos!

Ficamos no Hotel Fink, bem bacana e onde pudemos até lavar roupa no tanquinho. À noite fomos em um rodízio de pizza onde mulher não pagava nada!!! E que rodízio, com direito à batata frita, frango à passarinho e pedacitos de carne, importante ressaltar que os preços (se comparados a SP e adjacências) são ótimos, uma pena que eu não estava com tanta fome...


Neste dia também dispachamos grande bagagem (voltaríamos pra São Paulo saindo de Indaial, e deixamos no Hotel, que fica bem próximo da rodoviária), tudo isso por um medo danado da famosa subida do Zinco. Só salvamos uma blusinha porque o Muito Doido disse que poderia esfriar... que assim seja!

3° Dia - Rumo ao Jardim do Éden! Chegamos próximo ao céu: De Indaial à Fazenda Campo do Zinco - 52 km (10 de alpinismo bikes)

O corre corre foi grande logo cedo. O dia das maiores subidas havia chegado, e pra quem já tinha penado nos dias anteriores, não dava pra vacilar. Todo mundo saiu bem cedo e aproveitamos a companhia da Eliana pra nem olhar pra planilha. Os 26 km até Rodeio são praticamente planos e fomos no embalo, abençoadamente premiados com um dia mais fresco, tinha até uma garoinha pra refrescar a alma. Antes, uma passada na Ponte Pênsil pra brincar um pouco, agora, quando passa carro, não é assim tão engraçado!







Pra quem vai fazer só a parte baixa, Rodeio é o fim do 3° dia (na planilha, a indicação é até ali). A despedida foi na Vinícula San Michelli. Tem uma galera que não sabe por que, depois dessa passagem, as pernas ficam ainda mais bambas...


Pra quem já tinha pedalado quase 30 km, o dia estava apenas começando, e às 11h iniciamos a subida (o que já seria o 4° dia, mas emendamos até o Zinco, que no "original" é apenas opcional).


Pra mim este foi um dos melhores dias. Não sei se porque tanto se falou, que eu estava preparada para o pior. Não sei se porque o dia ajudou, e não fez o calorão dos dias anteriores. Mas com certeza pela belíssima subida, cercada por anjos e hortências, que apesar de bem longa (8 km), nos possibilitou pedalar por bom tempo.




A história é que o Senhor idealizador do Projeto teria tido um sonho pra construir os Anjos que abençoariam o caminho... Creio que ele conseguiu.






O Circuito Vale Europeu se resumi a isto: depois que você subiu bastante, sobe-se ainda mais, e após os 8 km do morro do Ipiranga, mais alguns quilometros até o Zinco, incluindo 2 km de empurrabiker. O diferencial desse trecho é que a Cachoeira vai se aproximando, como uma miragem, o paraíso a ser alcançado...



Chegando lá em cima, agradeci aos inventores deste pedal... O lugar é simplesmente MARAVILHOSO!!! Com certeza, ficaria um dia a mais lá, vale muito a pena, pra descansar e conhecer o local.



No Zinco, ficamos hospedados no que eles chamam de "alojamento", eu estava um pouco apreensiva, mas a estadia foi ótima.



























Lá em cima são duas opções de hospedagem, a pousada (que nem cheguei a ver, mas dizem que é ótima) e o alojamento, mas à noite, como pudemos constatar, a festa é "na senzala, e não na casa grande", rsrs.

É dos momentos de maior troca entre os participantes. Acho que neste momento já nos tornamos admiradores uns dos outros. Esse trecho não é "para os mais fortes", por que afinal, também chegamos, mas sim para "os mais teimosos", onde nos enquadramos melhor. Cada chegada era comemorada com alegria e os vinhos encomendados lá de baixo alegraram ainda mais a noite. Eu comi o maior prato de comida da minha vida, como "pedreira"! Estava até com minhas havaianas tão criticadas por meus familiares... hehe.

Também fiz uma visita aos ilustres campistas (sim, 3 pessoas participaram do velotour acampando!), que tiveram como companhia um maravilhoso céu estrelado, pena que não tirei nenhuma foto dos "pedarilhos" e do "esquiador".

Fomos dormir com a alegria de poder levantar um pouco mais tarde...

4° Dia - Quem não agüenta bebe leite: Fazenda Campo do Zinco à Doutor Pedrinho - 32 km

Havíamos planejado sair um pouco mais tarde esse dia, pra descansar, mas exageramos.



Aquele tempinho de chuva e o corpo pedindo cama, um dia preguiçoso, mas precisávamos continuar na pedalada. Se enganou quem achou que seria um dia mais fácil, foi o nosso caso. A paisagem também estava convidativa para um dia de contemplação.



O pedal saiu meio "arrastado" nesse dia, um tal de "tira capa de chuva, põe capa de chuva". O alforje, esvaziado e mal ajeitado na garupa decidiu pegar na roda, o que se resolveu com acessoria técnica, mas até alcançarmos os acessores...

Mais uma vez não ficamos hospedados no local indicado, mas o Hotel Negerbon nos saiu uma boa pedida, pois pudemos lavar toda a nossa roupa na máquina e com sabão em pó!!! Um verdadeiro luxo. Lavamos tudo, até as tirinhas dos capacetes.

Esse foi o exato dia em que completei 2 anos de pedal. Lembro-me bem porque é aniversário da minha mãe... falando com ela pelo telefone do orelhão, um belo frio nas canelas, com todo mundo lá pra comer um bolinho, já me deu uma saudade de casa!

Na janta, pudemos escolher o que comer, então, bife com batata frita!!! Uma pena que estava muito bom, e aliado com o suco de limão, que também estava ótimo, enchi demais a barriga.

Essa é uma parte ruim do Circuito, como não conseguimos almoçar nenhum dia, porque chegáva-mos tarde nos locais, fazía-mos um lanche, aí, na hora da janta, que não sai tão cedo, agente esquece que não é camelo. Combinando uma barriga cheia com cama logo em seguida, à partir desse dia passei a ter azia e queimação.

Cheguamos a pensar em encerrar nosso percurso por ali. Só de olhar a planilha do dia seguinte, com suas subidas eternas, uma agonia me abateu, fiquei passando mal! Não queria mais continuar, também não queria desistir! Fica a dica, nunca desista na véspera, a melhor coisa que fizemos foi apenas dormir e deixar pra decidir no outro dia... Obrigada Flávio, pela paciência, e por ser meu namorado!

5° Dia - A viagem da subida sem fim, versículo "só mais um pouquinho": Doutor Pedrinho à Alto Cedros - 40 km

Acordei melhor do que fui dormir, com certeza. Mas ainda com uma boa dose de cansaço, preguiça, receio e ansiedade. Decidimos que continuaríamos até o próximo PC, e assim por diante. Acordamos mais tarde, e sem pressa nenhuma, subimos o morro pro nosso primeiro carimbo do dia.


Fomos os últimos a sair, e esta colocação se repetiria ao longo do dia. Mais à frente alcançamos Marcelo e Solange e a presença dos dois ajudou a animar o dia, principalmente com o festival de música promovido. Belíssimas reinterpretações de Raul Seixas aliados ao afinadísso canto das Arapongas, tornaram a lameira uma bela diversão novamente!



Até o cansaso virou motivo de riso... e pousamos pra foto com cara de mortos, sem precisar se esforçar!

E mais uma vez chegamos! Em pleno "alojamento", com direito a uma quase "suíte" master, que logo tratamos de ocupar com nossas roupichas ainda úmidas... deu uma enfeiada no visu, mas secou tudo! Teve fim a saga de nosso fiel varal, que nos acompanhou em "todas" as nossas cicloviajens. Esquecido, mas com vista para o lago e as Araucárias.

À noite, a convivência com a galera foi novamente muito agradável. Fomos dormir cedo, sem stress, o sono dos justos. Não conseguimos nos concentrar nem mesmo na "reunião" da Diretoria...

6° Dia - A viagem da subida sem fim parte II, "o retorno da múmia": Alto Cedros à Palmeiras - 41 km

Acordamos animados para mais um pedal. Café da manhã tomado, fomos esperar o barco que nos levaria de novo para a estrada.




Dia puxado, com muita lama, fica pior do que muitas subidas. Mesmo no plano, tem-se que pedalar com as marchas bem leves. Nesse dia foi contratado um tratoreiro pra tornar nosso desafio ainda mais inspirador. Pra melhorar a pista (pros carros, é claro), ele ia nos passando e jogando um calhamaço de pedras pelo caminho. Impossível pedalar. Suas rodas também deixavam trilhas abertas na lama, era vacilar um pouquinho, e beijar o chão, mas nesse passeio eu não caí! Ufa...



A chuva nos acompanhou por quase todo o dia, mas já pro final da tarde o sol apareceu, tornando o banho de cachoeira na beira da estrada um merecido prêmio!



Chegamos em Palmeiras já com sol quente. Lavamos as bikes e até entramos na represa enquanto a galera tomava banho, pois só havia um banheiro. Na nossa vez, teve um "paçofundense" querendo nos apressar, mas o problema é que tomamos banho tão rápido quanto pedalamos... hehehe.

Na janta, novamente eu não estava muito bem. Comi pouco e já fomos pro quarto descansar. De novo a vontade de encerrar o pedal por ali, mas só faltava um dia!!! Pedalar, além de exercício físico, é também mental, e sei que preciso melhorar bastante em ambos...

Às 9h da noite, banheiro ocupado, dormimos com as escovas de dentes na mão. Nada que às 2h da madrugada, o créu, reboleixam e diabo à quatro, não nos acordasse pra tirarmos o gosto de guarda- chuva da boca. Banheiro vazio e mais uma hora ouvindo uns malucos. Infelizmente, mau gosto tem em todo lugar...

7° Dia - Freios pra que te quero! Mas já acabou??? Última subida com um pé nas costas: Palmeiras á Timbó - 53 km

Pilhas renovadas mais uma vez!!! O clima de manhã era de muita alegria e já deu uma pontinha de saudades... Foram muitos os cliques querendo registrar cada pessoa que havíamos conhecido, compartilhado e admirado em tão poucos dias.

O dia correu gostoso que foi uma maravilha. Finalmente, uma longa e esperada descida! E que descida! Eu, muitas vezes, tenho mais medo das descidas que das subidas, mas logo no começo dessa, estava suave, a estrada boa, só alegria. Depois começamos a descer o paredão. Flávio está todo todo com seus pneus novos, e nem deu trela pras minhas recomendações de cuidado. Meus já 3 tombos no currículo me fazem ser mais cautelosa, mas quando ele sumiu na minha frente eu resolvi largar um pouco mais dos freios, até porque, as mãos já estavam doendo.

Que alegria, nunca um PC chegou tão rápido! À partir desse momento, as pilhas da câmera descarregaram, sendo que só temos imagens no filme. Vai dar pra perceber que estávamos tod@s muito contentes!

O sol novamente veio deixar o dia mais bonito e também dificultar um pouco a vida na última, e ameaçadora subida. Mas que nada! Subimos com um pé nas costas!!! A alegria ajuda até as pernas. Realmente é uma subida bastante íngrime, fora de cogitação pra gente pedalar, mas também é bastante sombreada, e mais uma vez, de sombra em sombra mais generosas, fomos conquistando o percurso. Teve direito até a uma bela hidromassagem no caminho! Até "perdi meu prendedor" de cabelos (é o que falo no vídeo) com a força da água. Uma maravilha, não reclamamos nem um pouquinho.

Nos últimos ensolarados quilômetros, a alegria das minhas pernas em conseguir terminar o percurso empurrava os pedais com uma força que me surpreendeu, eu quase não estava acreditando que iria conseguir. Não foi nada fácil. É difícil saber se você está ou não preparada para alguma coisa se não fizer. Acho que poderíamos estar melhores pra aproveitar ainda mais, mas o esforço foi recompensador pelas belas paisagens, lugares e pessoas que nos permitimos conhecer. Vendo as fotos e vídeos é essa a sensação que sinto. O engraçado é que, embora tenha sofrido um bucado, por enquanto não me vejo viajando de outra forma. A bicicleta nos traz sensações e conhecimentos indisponíveis pra outras formas de viajem.

Obrigada à tod@s por compartilhar esse momento conosco!


















Nossas fotos: http://picasaweb.google.com/anaceliacruz/VelotourCircuitoValeEuropeu#

Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=uOvF6TGCMkI&feature=fvw

Para mais informações, relatos, fotos e vídeos dos demais participantes: http://www.clubedecicloturismo.com.br/