domingo, 20 de fevereiro de 2011

No Guidão da Liberdade - A incrível história do brasileiro que fez a volta ao mundo em uma bicicleta

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Contra Capa: Um dia, Antonio Olinto, um jovem advogado que nunca havia sequer andado de avião, decidiu largar tudo e afinal realizar seu sonho: fazer uma longa viagem pela Europa, de bicicleta. Com muito treino e algumas pequenas economias, ele se lançou à aventura. Mas seu sonho acabou levando-o muito mais longe: depois de três anos e meio de viagem, e apenas U$ 10 mil de despesas, Antonio Olinto havia feito a volta ao mundo. Descubra em No Guidão da Liberdade o fascínio especial do cicloturismo, em uma aventura feita de noites estreladas, encontros surpreendentes, o contato direto com muitos povos e culturas, e da maior experiência de todas: a da fé, da coragem e da confiança. Orelhas: Antonio Olinto, meu querido amigo Toninho, deixava-me sem jeito cada vez que eu voltava das minhas expedições. Parabenizava-me, elogiava-me muito. Sem querer, revelava em seu olhar o desejo de estar lá, realizando seu sonho, conquistando a sua liberdade. Lá, onde? Fazendo o quê? Nem mesmo ele sabia, ainda que não deixasse de viajar seguidamente em sua moto, à procura destas respostas. Um dia levei o Toninho para a montanha, para subir o Pico Paraná. Depois de uma caminhada de 25 km, começamos a enfrentar a parte final e justamente a mais difícil. O tempo estava horrível. Nuvens baixas, carregadas de umidade, eram continuamente jogadas contra a montanha e nos atingiam em cheio. No meio daquela tempestade pude perceber que, embora ele se movesse com dificuldade, tinha dentro de si uma força de vontade imensa e um desejo ainda maior de cumprir o nosso objetivo. Assim chegamos, tremendo de frio, no alto dos 1965 m do ponto culminante do sul do Brasil.


Meses depois ele apareceu de bicicleta, bem mais magro, dizendo que já estava pedalando de 80 a 100 km por dia. Em plena forma física e radiante de energia, foi logo confessando que iria abandonar sua promissora carreira de advogado e pedalar um ano pela Europa. Para muitos, o meu amigo havia enlouquecido de vez; mas eu sabia que ele jamais se sentiria livre se não realizasse aquele sonho. Sua viagem acabou durando mais de três anos: Toninho pedalou através da Europa, África, Ásia e América, cobrindo 34 países e 46.620 km.


Enquanto Toninho fazia sua volta ao mundo de bicicleta, eu continuei escalando as minhas montanhas. Minhas saudades eram aliviadas com raros cartões postais, mas a lembrança mais forte vinha sempre daquela nossa experiência no Pico do Paraná. Então eu me tranquilizava, pois sabia que toda a sua determinação e entusiasmo poderiam levá-lo para onde ele quisesse ir. No Guidão da Liberdade certamente trará a inspiração para todos aqueles nossos sonhos que ainda não foram realizados: é uma prova de que, quando se tem fé, nada é inatingível.


Waldemar Niclevics

Autor do livro Everest, o diário de uma vitória



Antônio Olinto Ferreira, advogado, completou em 1996 a volta ao mundo em uma bicicleta. Passou por 34 países de 4 continentes, pedalou 46.620 km em 3 anos e meio de viagem. Atualmente mora em um motor home e pesquisa roteiros para viagens de bicicleta a fim de divulgar o cicloturismo no Brasil.





sábado, 19 de fevereiro de 2011

Apocalipse Motorizado - A Tirania do Automóvel em um Planeta Poluído

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Contracapa: Apocalipse Motorizado - A Tirania do Automóvel em um Planeta Poluído apresenta não apenas uma análise da insustentável organização de nosso atual sistema de transportes, mas também sugestões de como, na prática, se opor de maneira inteligente e criativa à ditadura do automóvel.


Reúne alguns dos mais importantes representantes do pensamento ecológico radical, como Ivan Illich e André Gorz.


O pensamento radical sobre o papel do carro na nossa sociedade, a história do movimento anticarro, seu objetivo, como organizar uma "Massa Crítica" em sua cidade, sugestões de manifestações bem-humoradas: tudo condensado neste livro bombástico, um guia para quem não aceita ficar parado, vendo o tráfego passar atropelando suas vítimas.

Orelha esquerda: Os Cavaleiros do Apocalipse estão a caminho... e vêm motorizados!


Quantos têm que se sacrificar para que alguns possam se sentar confortavelmente em seus carros para aventurar-se em vias cada vez mais congestionadas? Por que aceitamos um meio de transporte que causa mais mortes anualmente do que qualquer guerra em curso na atualidade? Por que devemos nos sujeitar à ditadura das indústrias automobilísticas e petrolífera? Por que admitir que mais e mais hectares de terra produtiva percam lugar para rodovias asfaltadas?

Essas são algumas das questões levantadas em Apocalipse Motorizado - A Tirania do Carro em um Planeta Poluído. Até mesmo a "obrigatoriedade" de possuir um carro nas cidades modernas é questionada a partir de uma perspectiva radical e inovadora.

Orelha direita: Este livro é resultado da rica crítica anticarro que atinge diversos níveis em nossa sociedade. A diversidade de idéias e ações propostas é um bom exemplo disso.

Ivan Illich, morto em dezembro de 2002, foi um dos mais destacados pensadores da segunda metade do século XX e desenvolveu idéias originais em assuntos como desenvolvimento sustentável, saúde e pedagogia. Seu texto "Energia e Eqüidade" é um clássico sobre o assunto.


André Gorz - intelectual conhecido em todo o mundo - vive na França e tem dezesseis livros publicados, muitos deles no Brasil.


Mr. Social Control é um performer, poeta e ativista britânico muito conhecido nos meios radicais.


Ned Ludd é também o organizador do livro Urgência das Ruas - Black Block, Reclaim The Streets e os Dias de Ação Global, lançado pela Coleção Baderna.


Além desses autores, o livro apresenta textos de grupos, indivíduos e publicações radicais, que se opõe à cultura do carro e todos os seus prejuízos.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Acidente ou Negligência?


Hoje um ciclista foi morto na Av. Barão de Mauá, em Mauá. Morreu “na mão”, porém, “atrapalhando o tráfego”.

O motorista disse que o ciclista “estava trafegando do lado direito da via quando se desequilibrou e caiu debaixo da roda traseira”, e ainda: ”tentei freiar o caminhão, mas como estava carregado não foi possível”

E assim, o motorista se tornou um assassino, mesmo “sem querer”.

Pela descrição, dá pra imaginar que ele não guardou uma distância segura do ciclista, nem mesmo estava a uma velocidade segura, pois “não foi possível” frear o caminhão.

Acidente é você se desequilibrar e cair da bicicleta, levantar desenchavido, contabilizar os arranhões e o joelho ralado, abrir um sorriso amarelo pro primeiro que perguntar: “se machucou?”, sentar novamente na bike e se esquecer de olhar pra trás… isso é um acidente.

Não é acidente que uma cidade com MILHARES de pessoas circulando diariamente de bicicleta (sem poluição sonora ou do ar, praticamente de graça, de forma saudável e sem causar congestionamentos), não tenha R$ 1,00 investido em estrutura cicloviária.

Isso não é acidente, é uma escolha política por uma sociedade que polui e congestiona suas cidades em nome do lucro de alguns e ainda mata os que optam (ou são obrigados) a se transportar e viver de outra forma.

Em nome dos Acidentes, que nossas vidas não sejam mais negligenciadas, em especial por nós mesmos.

Continuemos indo de bike. Nossos sentimentos aos familiares e amigos.

Foto e informações: http://www.mauamais.com.br/cotidiano37.html
Originalmente postado em www.bicicletadaabc.wordpress.com

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Os Livros da Estante...



... servem pra juntar poeira. Já quando estão abertos e nas mãos de um(a) leitor(a) dedicad@, parecem abrir asas e nos levam pra onde querem, sem mesmo pedir licença. Quando termino de ler um livro, geralmente fico tagarelando sobre ele, e mastigando suas páginas no meu interior. Muitos encontram algum local por lá, e parecem também constituir o que sou.


Por isso também decidi tentar compartilhar meus livros aqui pelo blog lá no blog novo, quem sabe com pessoas que já os tenham lido e possamos trocar impressões, quem sabe com aqueles (as) que queiram ler alguns deles.


Se quiser algum livro emprestado, passe por AQUI e saiba como.


Essa história de livros e leituras começou bem cedo, uma pessoa que teve bastante influência nisso foi o meu avô.


Sr. Manoel Ferreira da Cruz era um devorador de livros e mesmo chegou a escrever dos seus, poesias... Quando ele ia pra nossa casa, ficava lá, horas e horas no sofá lendo de tudo o que lhe caísse nas mãos.
Meu avô estudou apenas até a 4a série, mas essa escolaridade toda lhe dava muito crédito nas muitas fazendas de café por que passou no Paraná, sempre trabalhando como "administrador". Esse trabalho, claro, jamais rendeu grana nenhuma ao camponês. Em compensação sua disposição à leitura me deixou das melhores heranças.
Me lembro de quando, ao começar a aprender a decifrar as primeiras letras, eu ficava lendo até o que estava escrito no pote da manteiga. A fama de leitor do meu avô me dava pistas do que fazer pra ser uma menina "esperta" (professor Girafales também sabiamente já dizia ao Chaves: "Quer ser alguém na vida? Devore os livros!").
Mas meu primeiro livro mesmo aprendi a "ler" sem nem mesmo ser alfabetizada. Como meus pais o liam pra mim, eu o decorei e então ficava passando as páginas e "lendo" como se já o soubesse fazer...

O resmungão do Donald não é assim lá um clássico da leitura, nem "um dia de azar" pode ser lá muito estimulante, mas eu ainda o guardo de recordação.
Depois veio uma assinatura das revistinhas da Turma da Mônica, a Coleção Vagalume da Biblioteca da Escola, os livros espíritas da Zíbia e do Chico, os livros da Faculdade, os livros recomendados e emprestados dos amigos... tem algum aí pra me emprestar você também?