São vários os sites, pra quem pretende iniciar a carreira, que falam sobre o assunto, desde passeios aqui pertinho como o http://www.pedalserrano.com.br/, e de outras tantas aventuras, como as registradas no http://www.clubedecicloturismodobrasil.com.br/.
Como eu disse, comecei a andar de bike há pouco mais de um ano (assim, de capacetinho e tudo). Eu e meu glorioso irmão fundamos a Equipe Nikko Bikers em 17 de fevereiro de 2008 – data do 1º passeio e também do aniversário da mamãe.
Dani e Ana
Há várias possibilidades de utilização da bicicleta, mas o que me encantou desde então, foi o cicloturismo. Sei lá, essa coisa de aventura, superação, conhecimento, sempre me lembrando o nosso Ernesto que viajou a América Latina de Lambreta, viagem esta que modificou sua vida. É sempre preciso ver para crer.
A Equipe Nikko hoje é uma grande instituição que já tem até perfil http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?origin=is&uid=6887746369734616uid=6887746369734616 e comunidade http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?rl=cpn&cmm=58517073073 no orkut.
Após desistirmos do Caminho do Sol http://www.caminhodosol.org/, por uma gripezinha (meu corpo sempre responde) e por eu achar que não daria conta (são 240 km), partimos para o destino a bordo do meu corsinha. Deixamos o carro na pousada, pois voltaríamos pra lá e iniciamos nossa trajetória. Esta cicloviagem foi baseada na Revista Enciclopédia 1 de Guilherme Cavallari.
Ana e Flávio
A paisagem era deslumbrante, foram muitos os cliques até chegarmos à 1ª balsa. Essa história da Balsa nos atrasou bastante pois ela só passa de hora em hora e demora meia hora pra atravessar.
Depois da Balsa e cada vez mais, o local ia ficando desabitado, a não ser pelas milhares de vacas pelo caminho. Pra minha sorte, elas tinham mais medo de mim do que eu delas.
O Sol apertou, a perna arriou e minha pressão, provavelmente caiu. Tonteei. Queria bater em algum lugar (que lugar? Tinha umas casinhas vez em quando) e pedir algo pra comer, mas Flavitos, não.
Por sorte uma senhora que havia passado por nós vendendo cocada e já estava voltando (ela também tava de bike), tinha uns “Queijo Nozinho” pra vender. Foi a salvação da lavoura.
O 1º dia foi o mais difícil pra mim, cheguei a pensar em desistir, chegamos tarde em Natividade da Serra (16h), só o pó, e não sabia como meu corpo reagiria para outro dia de pedal. Logo na chegada da cidade uma boa surpresa, fomos abordados por um biker da região, que se ofereceu a nos acompanhar no outro dia até São Luiz. Informamos que sairíamos às 6 em ponto e se ele conseguisse nos acompanhar (à 6km p/ hora), tudo bem.
Natividade da Serra
2º Dia. Às 6 em ponto, foram duas as surpresas, uma a que conseguimos sair às 6 (às 20h já estávamos deitados, e uma boa noite de sono faz milagres), e a outra, que o Sandro já estava lá. Passamos na padaria e tomamos café, também desta vez levamos lanche extra pra não morrer de fome. O Sandro é uma enciclopédia ciclística e também da região, tem milhares de fotos e ia falando e mostrando as fotos e falando. Pra quem é de São Paulo, ser acompanhado por um “estranho”... sobrevivemos! Rsrs (E passamos os telefones corretos viu Senhor Sandro!!!)
Sandro
Pneu furado, conserto e pau no gato! O Sandro conseguiu nos acompanhar, mas na subida... quanta humilhação...
Nessas horas a gente se perguntava: quê que eu to fazendo aqui? Quem teve essa idéia? Mas, depois de algumas horas empurrando, toda subida sempre acaba e aí vem a recompensa! Pedalar nos deixa pensando por muito tempo, e as associações e reflexões sobre a vida são inevitáveis.
Entre as coisas que aprendi na viagem, descobri que para acordar cedo, basta dormir cedo. Tudo que eu preciso cabe em uma bolsa e lavar a própria roupa não é o fim do mundo.
À noite ainda desfrutamos do direito à show na praça, antes do descanço merecido.
3º Dia. Este também prometia ser mais leve, 35 km. Acho que só nesse dia passamos a observar o mapa altimétrico, que é bem interessante de acompanhar, e ajuda a saber se estamos no caminho certo. Outra coisa que ocorreu é que meu velocímetro marcava uma quilometragem menor do que a do mapa, mas eu ainda não sei arrumar isso. A volta, tanto para Natividade quanto pra Paraibuna eram caminhos diferentes dos quais viemos, portanto, tínhamos que ficar atentos, e por vezes rodávamos o pneu da frente para igualar a quilometragem. Era o trecho com maior número de informações
Havia um single trak (trilha) no percurso. Eu estava apreensiva neste trecho, pois a revista apontava que em dias de chuva ele seria intransitável, e justamente para este dia, previa-se chuva.
Para nossa sorte após a brisa da manhã, o sol apareceu radiante novamente. A trilha está intransitável mesmo em dias de sol rachando, o capim estava alto demais e era difícil até mesmo empurrar a bicicleta quando chegamos num trecho de subida, mas apesar das dúvidas sobre o caminho, não perdemos o rumo.
A chegada em Natividade no 3º dia foi bem mais tranquila, já estávamos nos sentindo "mais em casa" e também aproveitamos melhor a cidade.
No 4º e último Dia a chuva apareceu para batizar os iniciantes, nos acompanhou em quase todo o percurso, que era de 45 km.
Com o celular fiz os últimos registros do estado da bicicleta e nossa chegada em Paraibuna, pra terminar de contar a história.
Agradeço à todos aqueles que com seus relatos, fotos e dicas nos ajudaram a realizar essa 1ª Cicloviagem. Espero que este relato possa incentivar aqueles que estão planejando suas 1ªs saídas.
Segue também link de vídeo com mais fotos e outras informações:
http://www.youtube.com/watch?v=BZqtmCfTzqM
Oi Parabens pelo seu pedal,deve ter sido muito maneiro ,mas isso é uma cachaça(no bom sentido)que é dificil de largar.abs e continuem no pedal.
ResponderExcluirCelia,
ResponderExcluirSou amigo da Claudia e confesso que adorei seu blog, as fotos e seu texto são excelentes.
Fiquei curioso para saber como foi a volta e qual revista voce consultou.
Sou iniciante e pretendo comprar uma bike speed mas adoro mountain pela caracteristica de enfrentar terrenos diversos.
To falando para a Claudia comprar uma bike, mas ela prefere casar....ahahahaha
Jorge e Nakaoka, obrigada pelas palavras!
ResponderExcluirE vamos pedalar!